sábado, 18 de junho de 2011

Vidente ensina a ser mais feliz e livre com o perdão


Ao focalizar os diversos aspectos da afetividade humana, nos damos conta do quanto as pessoas são frágeis e sofrem, quando atacadas ou injustiçadas nas inúmeras relações que tecem pela vida afora. Estas dores, de que temos exemplos bastante significativos, podem se fazer presentes, em qualquer segmento do cotidiano.

Aquele marido que se recusa a garantir a família financeiramente, em caso de separação; aquela sogra que, com comentários maldosos, mina a harmonia familiar; aquele chefe que prejudica e persegue um funcionário, sem levar em conta a competência dele; roubos, fofocas, golpes, apropriações de heranças familiares, testemunhos falsos e enganações podem criar no prejudicado uma grave corrente de ódio e desejos de vingança, causando imensa perturbação, tanto no plano psicológico, como no plano astral.

Começa, então, a longa procura pela paz interior, na tentativa de abafar o desespero, cancelar a mágoa, refazer a autoestima e, muitas vezes, até a própria vida. Esse é o primeiro passo para o perdão, sendo ele o único sentimento que pode libertar e permitir a continuidade da nossa experiência: o ódio é um sentimento que transtorna, tira do eixo, pois exige um grande gasto de energia pesada.

Perdão é coisa que não tem modalidades, pois é um mecanismo que se desenvolve na consciência de quem se viu ultrajado, ofendido, ou prejudicado pela vontade de alguém. O indivíduo, ao perdoar, liberta-se do vínculo com seu opressor, e é isso que talvez provoque no ser humano a prontidão para perdoar e aliviar a tensão desse elo incômodo. Isso pode até explicar, de alguma forma, a generosidade da pessoa que perdoa: ela se livra do problema.

Mas o problema continuará, se o perdoado não estiver pronto para a súbita liberdade que o perdão concede. Nesse caso, todo o procedimento se perde, pois de nada adianta perdoar a quem não reconhece sua própria maldade ou sua omissão. Eu mesma, muitas vezes, sou consultada por pessoas que vêm, espontaneamente, me contar que não reivindicam seus direitos na família, no casamento, no emprego, na sociedade, porque "já perdoaram" as agressões ou omissões dos seus pares.

Esses "perdoadores" acabam por ganhar carma, ou seja, problemas graves no seu caminho, pois estão impedindo o processo de conscientização e crescimento de seus antagonistas que, muitas vezes , nem desconfiam da necessidade que tem desse perdão. São pais, filhos, parentes, patrões, chefes, amigos, companheiros, que acabam saindo impunes dos problemas que causaram e, muitas vezes, têm a conduta indevida reforçada, pois nem pediram esse perdão. Essas pessoas, que tão facilmente perdoam, acabam reforçando o comportamento dos agressores, que poderá se repetir, em novas situações.

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