A maternidade é um direito de todas as mulheres e o sonho de algumas. Contudo, quando se trata de mulheres lésbicas que buscam a gravidez – por meio de doadores de sêmen, sejam eles conhecidos ou desconhecidos – o preconceito fica evidenciado. Uma pesquisa da Faculdade de Saúde Pública (FSP) da USP entrevistou 12 mães ou futuras mães lésbicas e constatou casos de preconceito por parte de alguns profissionais da saúde quando buscavam o serviço de reprodução assistida. “Houve um relato de um médico que se recusou a fazer o serviço por questões religiosas. E também uma das mulheres, cuja parceira queria engravidar, foi chamada de ‘gala-rala’ por um médico”, conta a pesquisadora formada em enfermagem Maria Eduarda Cavadinha Correa. “‘Gala-rala’ é uma expressão utilizada no nordeste brasileiro que se refere pejorativamente a um homem infértil.”
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