sábado, 9 de julho de 2011

Conheça Mônaco além do casamento real

Mesmo que você não tenha sido convidado ao casamento do príncipe Albert II com a sul-africana Charlene Wittstock, não perca a chance de visitar Mônaco: um Principado de dois quilômetros quadrados, encravado na côte D'Azur, famoso pelo cassino e pela midiática família Grimaldi.

Cerca de 7 milhões de turistas viajam todo ano a esta pequena Cidade Estado, famosa por ser o endereço de atletas de alto nível e de executivos, peças de um quebra-cabeça de quase 120 nacionalidades em apenas 35,6 mil habitantes. Deles, 7,6 mil figuram entre os mais privilegiados: os que gozam da nacionalidade monegasca, transmitida de pai para filho, e que além do direito a voto, concede benefícios como o acesso preferencial ao cargos de trabalho e ajuda de moradia próxima a 70% .

Inclusive no menor dos estabelecimentos comerciais, os donos são capazes de atender o turista em inglês, francês e italiano, e com o casamento real, o principado também se esforçou para mostrar ao mundo uma faceta amigável, longe da imagem de capital do jogo e da evasão fiscal.

Uma visita turística
O turista tem grandes chances de aproveitar um dos 300 dias de sol ao ano de Mônaco, e não pode deixar de conferir a vista do Cassino e da Ópera de Monte-Carlo, construída em 1863. Por 10 euros (equivalente a US$ 13) e nos 40 minutos de circuito, os visitantes podem ver seus salões decorados com espetaculares vitrais, esculturas e pinturas. principal cenário de uma atividade que no entanto não representa na atualidade mais que 4% da renda de negócios.

Outra clássica parada é residência da família Grimaldi, famosa pelas fotografias das tradicionais saudações dos balcões do Palácio nas festas nacionais e construída em uma antiga fortaleza levantada pelos genoveses em 1215.Pinturas do século XVI, uma chaminé do Renascimento na Sala de Trono, o pátio de Honra e suas escadas do século XVII de mármore de Carrara dão as boas-vindas ao visitante no interior da família soberana, marcada pelas manchetes de jornais pelos seus casamentos fracassados, mortes trágicas e escândalos internos.

A repercussão do novo casamento no Principado, tanto em notoriedade como do ponto de vista econômico, ainda não pode ser quantificada, mas chegou a impactar nos números de visitantes de das competições internacionais mais famosas realizadas no local.

O Grande Prêmio de Fórmula 1 e o torneio de Tênis de Monte Carlo registraram desde o anúncio do noivado, em junho de 2010, vendas "históricas" de ingressos, e a quantidade de gente que assiste a troca da guarda duplicou, segundo indica o Escritório nacional de Turismo.

Reinventar-se
O certo é que desde que Albert II assumiu em março de 2004 a regência do Principado e que desde a morte de seu pai, em 6 de abril de 2005, se tornou príncipe reinante, Mônaco investe na sua intenção de reinventar-se.

A partir dos anos 1950, sob o mandato do príncipe Rainer, se apostou em transformar o reino em uma referência em inovação bancária, tecnológica e cultural, com o meio ambiente no alto de suas prioridades.

Consciente de suas limitações geográficas, conseguiram ganhar 20% de seu território, ambição expansiva que não cessou na atualidade, mas que se realiza sob a vigilância dos grupos ambientalistas.

Essa demonstração de poder em um oásis de tranquilidade, paraíso dos 'bon vivant', encontra uma experiência nova no Hôtel de Paris, que nos anos dourados hospedava estrelas como Ava Gardner, Liz Taylor, e até a própria Grace Kelly.

E os nostálgico podem dirigir-se até a catedral, edifício de estilo romano-bizantino construído em pedras brancas em 1875, onde foi celebrado em 1956 o casamento de Rainier com a princesa Grace. Albert II e a sul-africana Charlene Wittstock, por sua vez, se casaram no dia 2 de julho na praça do Palácio.

Caso optar por encerrar seu percurso com outros dos pontos turísticos mais procurados, acabará no Museu Oceanográfico, inaugurado em 1910 por seu fundador, Albert I, e no Fort Antoine, fortaleza construída no início do século XVIII, e usada na atualidade como teatro ao ar livre.

Não faltam possibilidades em apenas dois quilômetros quadrados de território aos pés dos Alpes e frente do Mediterrâneo, estampa perfeita na qual iates de todo tamanho lembram o poderio econômico de quem escolheu o lugar para seu endereço, ou mesmo de veraneio.

Nenhum comentário:

Postar um comentário